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Dica de Ciência Aberta #21

06-06-2023

Dica de Ciência Aberta #21

As Revistas Predatórias são perigosas pois exploram o modelo de publicação em Acesso Aberto para enganar os autores e não trazem nenhum tipo de visibilidade aos artigos. São uma grande ameaça e, infelizmente, estão a proliferar e poluir o ecossistema da publicação científica. 

Para evitar estas revistas damos a conhecer 10 sinais de alerta:

  1. São multidisciplinares;
  2. Fazem pouca ou nenhuma menção ao peer-review;
  3. Não têm prazo para submeter os artigos;
  4. Publicam os artigos rapidamente, geralmente num máximo de 48-72 horas.

Uma vez que as Revistas Predatórias só têm a preocupação de receber o dinheiro dos autores, os seus “editores” não estão preocupados com recortes temáticos ou mesmo com a qualidade da investigação desenvolvida. Por isso, estas revistas são, quase sempre multidisciplinares, ou seja, publicam artigos de diferentes áreas científicas e sem nenhum tipo de enfoque temático comum e não possuem peer-review, ou este é muito fraco, o que faz com que elas não tenham prazos para submeter os artigos e publiquem muito rapidamente, geralmente num máximo de 48-72 horas. 

  1. Os contactos disponíveis no website são poucos;
  2. Não há contas de e-mail institucionais;
  3. Há pouca, ou nenhuma, informação sobre o Conselho Editorial ou estas são falsas.

Como, na maioria dos casos, as Revistas Predatórias são geridas por poucas pessoas, muitas vezes sem qualquer ligação a nenhuma comunidade científica, nos seus websites há muito pouca ou nenhuma informação sobre o Conselho Editorial. Os contactos disponíveis no website são poucos ou inexistentes e não são institucionais, geralmente de servidores como “gmail.com”. Há casos de Revistas Predatórias em que 

o Conselho Editorial exibia nomes de investigadores que não sabiam que os seus nomes lá estavam.

  1. Têm poucas citações;
  2. Utilizam métricas falsas, nomeadamente o Fator de Impacto.

Como não são indexadas por bases de dados científicas e nem pelo Google Académico, estas revistas tornam os artigos “invisíveis”. Sem visibilidade e relevância científica, estas revistas não possuem métricas, como Fator de Impacto, e, por isso, utilizam informações falsas para induzir o autor a acreditar que terá visibilidade ao publicar naquela revista.

  1. Taxas de publicação moderadas.

Para soarem ainda mais atrativas, estas revistas têm taxas de publicação mais baixas do que as revistas genuínas, mas, neste caso, o barato sai caro!

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