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50 Livros para a Liberdade

17-01-2024

50 Livros para a Liberdade

No ano em que se celebram 50 anos do 25 de abril, a Biblioteca da NOVA FCT dá destaque a livros proibidos e a livros sobre a liberdade. Durante 50 semanas, partilharemos 50 livros.
Se tiverem sugestões, podem enviá-las para div.bac.helpdesk@fct.unl.pt

Livros em destaque:

A "História da oposição à ditadura" de Irene Flunser Pimentel retrata os sucessos e fracassos de uma oposição oprimida pela sucessivas ditaduras portuguesas, começando pela Ditadura Militar em 1926 e até ao fim do Estado Novo em 1974.

A autora é historiadora e especializada no estudo do Estado Novo, é investigadora do Instituto de História Contemporânea da FCSH da NOVA @ireneflunserpimentel

Livro disponível nas Bibliotecas da NOVA FCSH.

 

"Daqui Ninguèm Passa" de Isabel Minhós Martins e Bernardo P. Carvalho apresenta, numa linguagem acessível e divertida, conceitos como autoritarismo, ditadura, revolução. Na verdade um livro para todos os públicos.
2 de abril Dia Internacional do Livro Infantil

 

 

"Esteiros" de Soeiro Pereira Gomes foi publicado em 1941, com capa e ilustrações de Álvaro Cunhal. Este romance destaca a profunda desigualdade e injustiça social da sociedade portuguesa da época, retratando o trabalho infantil na vila de Alhandra, na qual o autor viveu. Soeiro Pereira Gomes foi militante comunista, viveu clandestinamente até 1949, data em que sucumbiu ao cancro do pulmão. Parecer do leitor dos Serviços de Censura em 1966.

“Este livro é a 5.ª edição dum romance que apareceu em 1941 e tem já portanto 25 anos de existência. É um romance regionalista de análise crítica da vida miserável das populações ribeirinhas do Rio Tejo na zona das Lezírias, fazendo realçar a injustiça, a exploração da miséria, resultado das desigualdades sociais, no que o livro não é justo, mas antes especula. (...) Julgo por isso que este livro deveria ter sido proibido quando apareceu, mas agora deve ser ignorado, pois que a proibição agora só servia à sua propaganda no nosso meio, que o poderia ignorar.” Livro disponível na Sala Amarela (Piso 0).

 

Em "O Ano da Morte de Ricardo Reis", José Saramago relata a vida do heterónimo de Fernando Pessoa após a morte do seu autor original. Através desta personagem, Saramago mostra o ambiente opressivo de Lisboa nos anos 30 e os inícios da perseguição política feita pelo Estado Novo através da PIDE. Livro disponível na Sala Amarela (Piso 0).

 

Dinossauro Excelentíssimo de José Cardoso Pires é uma crítica satírica ao Estado Novo, publicada em 1972. 
Apesar do seu conteúdo, a obra escapou à censura e perseguição, alegadamente para ser usada como exemplo da suposta liberdade do Estado Novo e ofuscar a opressão do regime à cultura. Livro disponível na Sala Amarela (Piso 0).

 

"Os Subterrâneos da Liberdade" de Jorge Amado é uma trilogia que retrata o Brasil durante o regime de Getúlio Vargas, publicado em 1954 é uma severa crítica do Estado Novo brasileiro.
"Os Ásperos Tempos" conta o início do regime e retrata um poder politico submisso a interesses das elites económicas "Agonia da Noite" passa-se durante a 2ª Guerra Mundial, denunciando a perseguição sofrida pela resistência ao regime "A luz no Túnel", por fim, foca-se na resistência comunista e no seu líder Luís Carlos Prestes, a perseguição política que sofreu e o cárcere a que foi sujeito. Jorge Amado esteve exilado no Uruguai e na Argentina, entre 1941 e 1942, por causa da sua obra literaria e posicionamento político. Livro disponível na Sala Amarela da Biblioteca (Piso 0)

 

 

Em resposta ao encerramento do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas pelo Estado Novo, Maria Lamas expõe a condição da mulher na sociedade portuguesa da época através de 15 fascículos publicados entre 1948 e 1950. na qual é firmemente refutada a ideia da "mulher caseira" usada na propaganda do Governo.

 

Um Longo Caminho para a Liberdade é a autobiografia de Nelson Mandela.
Publicada em 1994, o ano em que  Mandela se torna no 1º presidente negro da África do Sul e um ano depois de receber o Prémio Nobel da Paz.
Nelson Mandela passou 27 anos preso devido à sua luta contra o regime fortemente racista de Apartheid da África do Sul, é hoje um símbolo da resistência contra a opressão e a discriminação.

 

Entre 1972 e 1991, Art Spiegelman publica uma série de tiras de BD nas quais entrevista o seu pai, um judeu polaco sobrevivente do Holocausto. Em 1992, Maus é a primeira BD a ganhar um Pulitzer. Livro disponível na Sala Amarela da Biblioteca (Piso 0)

 

 

O cavaleiro da esperança: vida de Luís Carlos Prestes" de Jorge Amado, apresenta a Biografia de um revolucionário brasileiro que lutou contra a primeira ditadura militar vivida no Brasil, foi publicado em 1942 e foi censuradoLivro disponível na Sala Amarela da Biblioteca (Piso 0).

 

Persepolis, de Marjane Satrapi, apresenta a história de uma jovem no Irão e na Áustria durante a Revolução Islâmica.
Uma obra explícita e chocante, cuja controvérsia fez dela uma das obras mais censuradas do mundo, mas cuja qualidade também lhe mereceu diversos prémios e até uma adaptação ao cinema. Livro disponível na Sala Amarela (Piso 0).

 

Utiizando os conflitos socio-politicos que se seguiram às Invasões Napoleónicas como alegoria crítica ao Estado Novo, "Felizmente há luar" de Luís de Sttau Monteiro, foi mais uma das obras censuradas antes do 25 de abril de 1974. É hoje uma dos grandes livros do dramatismo português. Livro disponível na Sala Amarela (Piso 0).

 

Tendo como cenário o Estado Novo de Salazar em Portugal, o fascismo em Itália e a guerra civil em Espanha, Afirma Pereira de António Tabucchi é a história da tomada de consciência de um velho jornalista, que decide não ficar indiferente.
Livro disponível no espaço bookcrossing da Biblioteca (Preguiçodromo | Piso -1).